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A imortalidade sempre foi um desejo incontido para o ser humano. Nesse contexto, a tecnologia parece ter oferecido suma solução.
A morte sempre foi um limite inegociável. Até agora.
No século XXI, surgem, cada vez mais, projetos que tentam estender, preservar ou simular a existência humana além do corpo biológico. Além disso, Harari chama esse movimento de religião dataísta: a crença moderna de que dados, algoritmos e tecnologia podem, portanto, redesenhar o que significa estar vivo ou morto
A morte sempre foi um limite inegociável. Até agora.
No século XXI, emergem diversos projetos que tentam estender, preservar ou simular a existência humana além do corpo biológico. Além disso, Harari chama esse fenômeno de religião dataísta: uma crença moderna segundo a qual dados, algoritmos e tecnologia podem, assim, redesenhar o que significa estar vivo ou morto.
É a ideia de que a pessoa pode continuar existindo — ou algo muito parecido com ela — mesmo depois que seu corpo desapareça.
A nuvem armazena memórias, sistemas digitais mapeiam cérebros, perfis continuam conversando e avatares respondem exatamente como você responderia.. É a tentativa de capturar a mente como código.
Para Harari, essa ambição nasce da mesma força que impulsiona todas as revoluções humanas: o desejo de controlar o destino.
Se um dia controlamos o fogo, agora queremos controlar a própria mortalidade.
Ainda assim, o futuro da imortalidade digital é ambíguo.
Ele pode ser uma homenagem à memória, um conforto para famílias, um museu de consciências.
Ou pode se tornar um simulacro perigoso. Uma presença que nunca parte, uma sombra do que a vida deveria encerrar.
Estamos preparados para conviver com versões eternas de nós mesmos?
Para viver sabendo que podem duplicar, manipular e arquivar nossa identidade?
Harari alerta que o maior risco não é viver para sempre — é perder a noção do que significa viver.
A imortalidade digital não é sobre vencer a morte.
É sobre redefinir o humano.